O volante Patrick de Paula foi flagrado e hostilizado por integrantes de uma torcida organizada do Palmeiras na madrugada desta segunda-feira, 21, ao sair de uma festa clandestina no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo. Os registros do jogador foram publicados nas redes sociais. Procurada, a assessoria do Palmeiras ainda não se pronunciou sobre o caso.
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No vídeo, o jogador aparece cercado por um segurança, enquanto tenta se dirigir a seu carro. Torcedores proferiram xingamentos e ofensas ao camisa 5, titular na vitória por 2 a 1 da equipe sobre o América-MG, na manhã de domingo, no Allianz Parque.
Na partida, o jogador já havia sido criticado por Paulo Serdan, presidente de honra da torcida e de fato da escola da samba Mancha Verde, em seu perfil pessoal. Patrick ficou seis minutos ausente por conta de um piercing na orelha, proibido pela regra. Ele foi advertido e será multado pelo clube.
“É, Palmeiras sem comando mesmo, né. Não bastasse ficar seis minutos fora de campo devido aos brincos, estava na balada clandestina até agora no Tatuapé. Ê Patrick, bem você que nós pedimos para o Vanderlei [Luxemburgo] acreditar e por pra jogar? Sai abraçado no segurança? Igual o Cris que você não respeita, né?”, desabafou Serdan.
A citação no final é direcionada ao segurança Cristiano de Oliveira que, assim como o podólogo Edson Silva, foi vítima recente da Covid-19.
Curiosamente, no último dia 18, o clube teve um caso semelhante envolvendo o meio-campista Lucas Lima. Diferente de Patrick de Paula, ele não utilizava máscara, item de uso obrigatório no combate à Covid-19. Horas despois da repercussão, o Palmeiras anunciou em suas redes sociais o afastamento do atleta por tempo indeterminado.
No domingo, 20, o Brasil registrou a maior variação de aumento de números de casos de Covid-19 desde 20 de março. Com média móvel 73 594,6, o país conta com índice 19,27% maior que o registrado em 6 de junho. Em março, último período de alta registrada, a variação era de 21,18%.
Desde então, o Brasil estava em patamar de estabilidade, com período de queda na primeira e última semana de abril, quando chegou a atingir queda de 21%;. A avaliação é feita pelos infectologistas: uma variação acima de 15% em relação à situação de duas semanas atrás representa um momento de crescimento constante.
Com 1 025 registros nas últimas 24h, o Brasil também registra cenário de alta nos números de casos fatais da doença, pelo terceiro dia consecutivo após dois meses em estabilidade. O país contabilizou índice 25,72% maior que o registrado há dois domingos.