Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 começarão oficialmente nesta sexta-feira, 23, a partir das 8h (de Brasília), com a realização da cerimônia de abertura no Estádio Olímpico da capital japonesa. Cerca de 950 atletas participarão do tradicional desfile da festa, que adotará tom mais discreto, em meio a uma série de confusões que rondam o evento, o primeiro da história sem a presença de público em razão da pandemia de Covid-19. Acompanhe, abaixo, os destaques do evento:
7h45 – A porta-bandeira americana

Cada nação terá dois porta-bandeiras na reduzida cerimônia de abertura. Principal potência dos Jogos, os Estados Unidos concederam a honraria ao jogador de beisebol Eddy Álvarez e à estrela do basquete, Sue Bird, que está prestes a incluir mais um título em seu vasto currículo. Aos 40 anos e convocada para sua quinta Olimpíada, ela vai liderar a seleção americana feminina, que aterrissa em Tóquio com uma invencibilidade de 49 partidas olímpicas. Presença garantida na equipe desde 2002, Sue é tetracampeã mundial, quatro vezes medalhista de ouro em Olimpíadas e poderá se tornar, ao lado da companheira de equipe, Diana Taurasi, a primeira esportista, entre homens e mulheres, a conquistar cinco ouros em esportes coletivos olímpicos. Bird é casada com outra atração do evento, Megan Rapinoe, da seleção americana de futebol.
Confira 10 estrelas estrangeiras para acompanhar nos Jogos
7h40 – Polêmicas em série

O sentimento do Comitê Organizador dos Jogos ao final da cerimônia certamente será de alívio. Não bastasse o drama de por em pé um megaevento em meio a uma pandemia, Tóquio teve de lidar com uma inacreditável série de escândalos. A direção da festa foi o maior foco de tensões. O ator japonês Mansai Nomura, primeiro designado para o cargo, desistiu depois que a Covid-19 mudou todos os planos. O publicitário japonês Hiroshi Sazaki assumiu seu lugar, mas acabou demitido em março por fazer uma piada gordofóbica contra uma famosa comediante local. Antes, em fevereiro, o ex-primeiro-ministro Yoshiro Mori também teve de se demitir após fazer comentários sexistas. Em seguida, uma nova bola fora: o músico japonês músico Keigo Oyamada, conhecido como Cornelius, responsável pela música tema dos Jogos, pediu para deixar as cerimônias de abertura e encerramento após o vazamento de vídeos em que ele admitia praticar bullying contra deficientes físicos nos tempos de colégio. Já nesta quinta-feira, o diretor artístico da abertura, Kentaro Kobayashi, foi demitido na véspera da cerimônia, em resposta ao aparecimento de um vídeo antigo em que o profissional faz piadas sobre o Holocausto, o genocídio de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Todo este contexto contribuiu para que até mesmo alguns patrocinadores do evento, como a Toyota, decidissem abrissem mão de realizar ações durante a cerimônia.
7h25: GALERIA: Relembre cerimônias de aberturas históricas
7h20 – Desfile especial do Time Brasil
Será uma abertura esvaziada, seguindo os protocolos sanitários, e o Brasil terá apenas dois atletas na festa, Bruno Rezende, do vôlei, e Ketleyn Quadros, do judô. No entanto, horas antes do evento, os porta-bandeiras “ensaiaram” sua participação no desfile junto com vários colegas de Time Brasil que terão de acompanhar tudo pela TV na Vila Olímpica.
É DESFILE ESPECIAL!
Antes da Cerimônia de Abertura…
O Time Brasil organizou seu próprio desfiles dos atletas na Vila Olímpica.
Que espetáculo!
#JogosOlimpicos #Tokyo2020
Christian Dawes/COB pic.twitter.com/X2YxCxmoqm
— Time Brasil (@timebrasil) July 23, 2021
7h10 – Agenda Olímpica

Além da cerimônia de abertura, única atividade na parte da manhã, a noite olímpica desta sexta-feira no Brasil será agitada, com a estreia do handebol, e também do vôlei de praia e do vôlei de quadra, duas das principais esperanças do Brasil nos Jogos.
Clique aqui para ver o que assistir hoje
7h – Esperança de recorde

O Time Brasil inicia os Jogos de Tóquio otimista. Apesar de todos os inconvenientes causados pela Covid-19, como o cancelamento de campeonatos e entraves para treinar — além de os investimentos no esporte terem caído após os Jogos do Rio —, o país chega com chances reais de alcançar seu melhor desempenho em todos os tempos.
Há cinco anos, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) não escondia o objetivo de integrar o grupo dos dez mais premiados. Bateu na trave e agora adota tom cauteloso, ainda que a meta seja a mesma. O novo programa olímpico detém alguns trunfos. As modalidades estreantes, skate e surfe, têm brasileiros entre os candidatos mais fortes. Também há esperanças no atletismo, na natação, além das modalidades em que o Brasil costuma sempre se dar bem, como vôlei, judô e futebol. Leia mais na matéria em VEJA desta semana.